2.6.06

A História que se repete: O dito e o não dito.


Os primeiros séculos da era cristã foram marcados por ondas de questionamentos distintos em torno da figura de Jesus, pondo de um lado aqueles considerados hereges, e de outro, aqueles considerados santos. Os apologistas da igreja oficial, os Bispos, se destacavam como guardadores da sã doutrina apostólica. Eram oficialmente detentores da tradição mais anterior, enquanto que os apologistas que não se encontravam dentro da igreja de Antioquia, possivelmente na de Alexandria, eram conhecidos como os Hereges!Esta dualidade, fruto da forma de pensar maniqueísta daquele tempo, -não confundir com a Filosofia-teológica: Maniqueísmo. Apologia, criada por Mani, na Pérsia, 216 a 217, paradoxalmente criada em uma seita de cristãos rigorosos. -,viria a delinear o mundo em duas vertentes: bem e mal. Santo e demônio. Céu e inferno. Puro e impuro, etc., Esta forma de se compreender o cosmos, no seu sentido mais amplo, holístico, marcaria, certamente, a concepção de mundo futura: para se compreender a natureza humana, a divindade, as ações e reações, os mistérios, muitos dos quais ainda não desvendados. As crenças que se tornaram centrais naquele mundo, diziam respeito principalmente à natureza de Cristo. Discussões sobre a sua divindade, sua relação com Deus: se Deus, se filho de Deus, se parte apenas de Deus. Se tendo sua própria vontade, se sua vontade estava unida a de Deus, de tal forma que o identificava com Deus, ou se sua natureza divina absorveu a sua natureza humana, passando assim a ter apenas uma natureza, a divina revestida de carne humana. Discussões também sobre a vontade de Cristo. Se ele tinha apenas uma única vontade, ou se ele tinha a vontade dele e a vontade de Deus. Estas questões sacudiram a Igreja dos primeiros séculos da era cristã. Estas inquirições faziam parte de um desejo de afirmação dos dogmas da igreja ou sua demolição. Buscavam a compreensão da natureza de Cristo. Havia um desejo de saber se ele era apenas homem, apenas Deus, o que Ele era: “Que dizem os homens ser o filho do homem?”













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