9.5.07

Pos-modernidade tardia...desdobramentos.

No final da Idade Media, os homens não eram mais, nem santos nem demônios. Havia uma sensação de vácuo, de abismo existencial angustiante que assolava as almas. Essa tensão daria mais tarde lugar a um movimento que abateu muitos jovens na Europa, notadamente na Alemanha e Franca, caracterizado pelo desejo de morrer. A morte era a saída. A tensão criada pela ruptura de uma realidade estática (Medieval) e a iminente mudança de paradigma trazida pela descoberta de um mundo novo, (Renascimento Séc. XVI), com idéias e estruturas voláteis, deixaram toda uma geração perdida e angustiada, justamente pela falta de modelos estabelecidos. Este movimento, mais tarde, chamou-se Romantismo. Séc. XVIII. Embora, sempre se buscasse retomar os modelos anteriores, sem a mesma razão. Na verdade, nenhum movimento e estático. Eles coexistem dentro uns dos outros sem que qualquer demarcação pareça fiel. O Romantismo na Europa foi um movimento que se fundiu a partir de quase todos os ideais antigos clássicos, mais ao mesmo tempo, novo e perplexo, mesmo depois da renascença com o grande acumulo de informações não muito bem processadas e coagida pela Igreja que aspirava ainda o antigo poder medieval- utopicamente! O momento atual requer sobriedade e equilíbrio, justamente porque nos recorda historicamente o novo e inédito que flutuavam nas mentes dos homens da Idade Media a Moderna. Se podemos nos considerar pós-modernos, nesse momento, haveremos também de nos reconhecer herdeiros de legados extremamente ricos que podem nos ajudar, de alguma forma, a compreender com mais lucidez o grande desafio que e viver em um tempo permeado de ineditismos e surpresas desestruturantes. O atiramento, como na renascença, ou o escapismo como no romantismo, talvez precise ser repensado antes de experienciado. Talvez precisemos ficar mais atentos a muitas outras mudanças que possivelmente virão atreladas aos ventos da velocidade da informação que nos deixam atônitos e irreflexivos, pela dinâmica do movimento da historia. Hoje mais que ontem!
Renato Calazans

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