14.6.06

CONSIDERAÇÕES SOBRE PAZ EM DOIS CONTEXTOS:
BÍBLICO E POLÍTICO-SOCIAL.



O nosso mundo hoje, nos enfrenta, pelo menos, com uma necessidade elementar; a necessidade de paz. Parafraseando Madre Tereza de Calcutá, diria, “O povo tem fome de Paz como tem fome de pão.” Nesse particular, a ONU: Organização das nações Unidas, com sede em Nova York, EUA, fundada em 24 de outubro de 1945 teve, em seu nascedouro, a intenção de trazer paz e segurança ao mundo, conforme consta em sua declaração universal. Isso se daria com a união entre os países membros que deveriam criar meios de promovê-la, banindo toda forma de ameaça de guerra, a partir de mecanismos de controle.

A sociedade ocidental moderna já havia se deparado com duas guerras avassaladoras. A Primeira Grande Guerra, 1914, e a Segunda Guerra mundial, 1936-1945, quando da fundação da ONU. Por esta razão, essa organização trazia em seu propósito a grande missão: Promover a paz e a segurança entre as nações, arbitrando-as, de acordo com sua intenção político-diplomática, conforme esboçada. Era um tempo de grande esperança...


A promoção da paz e segurança pela ONU vinha eivada de uma gama de objetivos que se entrelaçava com seus diversos órgãos burocráticos que visam apoiar as ações que podem promover a paz: educação, direitos humanos, desenvolvimento econômico, meio ambiente e sustentabilidade. A própria promoção da paz, através de um corpo militar treinado para esse fim, com o objetivo de intervir em locais de conflito. A paz e segurança estavam condicionadas a situações que não dependiam unicamente da ONU, portanto, subordinadas a vontade e compreensão políticas, econômica e social de diversos governos. Nesse particular, a paz da ONU era uma utopia que não se poderia descartar naquele contexto, e talvez, nem em nenhum outro... Mas, essa era a paz da ONU.

De lá para cá, (notadamente depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos), porém, a ONU tem sido duramente criticada, estando sob a mira daqueles que exigem sua reforma, urgente. O que teria acontecido com a ONU? Nesses seus quase 60 anos? O que falhou? Por que não se acredita mais no sucesso de sua missão? Por que muitos pedem o seu fim? Por que a paz que a ONU prega parece um sonho distante? Por que não se tem conseguido lograr êxito desde então? As guerras e rumores de guerra se intensificam cada vez mais e os governos do mundo se munem de toda sorte de armas de destruição em massa; as mais atrozes possíveis.

A Bíblia nos ensina que no Velho Testamento Deus tratava com severidade aqueles que prometiam e enganavam o Seu povo com promessa de falsa paz. Como hoje, o povo bíblico daquele tempo buscava paz e a invocava desesperadamente. Nesse sentido, a paz é sem sombra de dúvidas um bem raro que todos os homens anelam. Mesmo os belicosos em seus travesseiros de dormir. Diante dessa busca incessante por paz, no contexto veterotestamentário não faltavam falsos profetas e “gurus” da paz, bem como, seus vendilhões em toda parte: Sl. 123:4, Jr.6:14, Ez. 13:10, Am. 6:1, Gen.43:23, Jz. 6:23, 19:20, 1Sm. 25:6,1Cr.12:18, Dn..4:1.

Neste cenário escatológico, deste início de metade do primeiro decênio do século XXI, cheio de tantas inquietações globais: violência em toda parte, catástrofes naturais, economias despencando e ameaças de guerras e terrorismo, volvemo-nos para a Palavra de Deus e reflitamos sobre a verdadeira Paz que Jesus nos dá: “Deixo-vos a Paz, a minha Paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Jo. 14:27. Essa é a Paz que conhecemos, no hebraico significa: Shalom: Paz inegociável, própria de Deus ao nosso coração, eterna, soberana, integral. Que nos une verdadeiramente a Deus e ao seu corpo a Igreja : no amor, respeito, humanidade, bondade, piedade, verdadeiro espírito de serviço e adoração.




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